quinta-feira, 28 de abril de 2016

Diário da Cintura - Capítulo XXVII: Retomando a Rotina Pós Férias

Diário da Cintura - Capítulo XXVII
Retomando a Rotina Pós Férias

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2016.

Férias em Curaçau!
Tem motivo melhor pra acordar cedo todos os dias, pegar a condução, aguentar chefe chato, colega invejoso, do que as férias?!?!

E tem coisa melhor pra fazer nas férias do que viajar?!?!

Viajar é a melhor motivação que eu tenho para levantar da cama. Amo conhecer locais diferentes, cidades históricas, paisagens de tirar o fôlego e praias!
Essa viagem meu marido e eu escolhemos uma viagem praiana: fomos para Curaçau.

(crédito da imagem para Zarpo)
Curaçau é uma ilha independente, porém pertencente à coroa holandesa. Fica localizado no mar do Caribe, pertinho da Venezuela.
Em Curaçau a gente paga as contas em dólar ou na moeda local, o Florim da Antilhas Holandezas. Você não precisa se descabelar para tentar comprar florim aqui no Brasil antes de viajar, porque a cotação de florim pra dólar é fixa em 1,78 florim pra cada dólar, por isso é fácil você perceber se foi ou não enrolado quando você paga em dólar e alguém te devolve o troco em florim.

A língua mais falada em Curaçau é o Papiamentu, uma mistura de português, africâner, espanhol, inglês e holandês. Quase dá pra entender quando os nativos falam entre eles, mas dá pra entender não. Heheheh
A vantagem é que TODAS as pessoas falam inglês e espanhol numa boa. E ainda presenciei muitas pessoas falando holandês fluentemente com os turistas. Ou seja, lá a população fala papiamentu, inglês, espanhol e holandês!

A temperatura na ilha o ano inteiro gira por volta dos 30 ºC. Chove bem pouco. Dá pra ir em qualquer época.

Sobre o que tem pra fazer em Curaçau, basicamente só tem praia.
Aquele casario bonito, em estilo holandês, mas todo colorido é só aquilo que você vê na foto mesmo: meia dúzia de prédios que ficam em frente ao canal. Tanto é assim, que se você procurar fotos, vai ver sempre as as mesmas casinhas.

(crédito da imagem para Viaje na Viagem)

Eu esperava ruas e mais ruas de casinhas holandesas bem cuidadas, como em Amsterdã, esperava uma cidade mais estruturada, bem conservada e bonita, mas foi mó decepção: o centro da capital de Curaçau parece o centro de Duque de Caxias aqui no Rio.

Estávamos localizados a dez minutos a pé da famosa ponte flutuante Rainha Emma e mesmo assim a vizinhança parecia a periferia. Na rua onde estava o studio que alugamos não tinha nem asfalto.
Em Willemstad, a capital de Curaçau, há dois lados: Punda e Otrobanda. Punda é melhorzinho, mas ficamos em Otrobanda.

As praias são bem afastadas do centro da ilha. Leva em média meia hora pra chegar de carro a qualquer uma delas. As estradas são muito boas, mas a paisagem é de um serrado seco.
Dica de ouro é baixar o mapa offline da ilha no Google Maps. Funciona quase perfeitamente e salva sua vida nessa de ir de carro prum lado e pro outro.
Mas a verdade é que a ilha é tão pequena e os lugares interessantes ficam meio juntos, que você em poucos dias aprende a andar sem mapa.

Serrado de Curaçau.
(crédito da imagem para As Viagens de Trintim)
Já as praias são ESPETACULARES!!!!
Há praias públicas e particulares, mas no quesito beleza, todas elas são deslumbrantes!
A areia nem sempre é branca, mas a água é de um azul turquesa de doer o olho de tão lindo. Extremamente transparente, lotada de peixes.
Se você não levar máscara e snorkel, estará perdendo 80 % da viagem. Dá para fazer snorkeling em todas as praias e em cada uma delas você vai ver coisas diferentes.

Praia pública de DaaiBooi Beach
(crédito da imagem para Curacau on Demand)
Em DaaiBooi Beach há várias choupanas públicas onde você pode esticar sua canga, abrir seu isoporzinho e curtir o visu. Ótimo pra fazer snorkeling e relaxar.
Lá tem onde comprar bebidas e tira-gostos, mas nós levamos nossas Heinekens e lanchinho que compramos no mercado. Dá pra alugar espreguiçadeiras também.

Praia pública Playa Kenepa Grandi
(crédito da imagem para Falando de Viagem)
Kenepa Grandi, pra mim foi a melhor praia de Curaçau disparada!
Gostei tanto que fui duas vezes. Nessa foto não tem, mas quando fomo tinha um deque flutuante no meio da baía, com uma escadinha pra subir, de onde a gente pulava pra dentro do mar.
Quando a gente chega na praia tem a exata visão dessa foto e é de tirar o fôlego!
Em Kenepa Grandi também tem um monte de choupaninhas e mesas de piquenique sob a vegetação, por isso, apesar do Sol escaldante, dá pra se proteger. Outro ponto maravilhoso para fazer snorkeling.

Praia particular Playa Porto Mari
(crédito da imagem para The Natural)
Playa Porto Mari foi a primeira praia particular que fomos em Curaçau. A praia é lotada de espreguiçadeiras de super boa qualidade e alguns ombrelones altamente disputados.
Assim que você chega, uma senhorinha te cobra pela presença na praia e pelo uso da espreguiçadeira. Dá U$ 13 para o casal.
Do lado esquerdo da praia há um restaurante onde almoçamos nas duas vezes que fomos lá.
Mais um lugar perfeito para snorkeling. E sabe o que mais me encantou? Ninguém precisa ficar na neura se alguém vai mexer nas suas coisas: pode deixar na areia tranquilo enquanto você e seu mozinho vão dar um mergulho.

Ilha de Klein Curaçau
(crédito da imagem para In Your Pocket)
Esse passeio é imperdível!!
É caro pra caramba: foram U$ 106 por cabeça, mas vale cada centavo!
Pegamos um catamarã de dois cascos bem cedinho. O capitão era holandês e um cara mega super divertido. As instruções de segurança eram hilárias.
A ida bate demais, a gente fica completamente encharcado.
Mas ao chegar é simplesmente paradisíaco.
Klein Curaçau significa "pequena Curaçau", porque a ilha tem o mesmo formato da Curaçau grande.
Assim que eu desci na água com minha máscara, meu snorkel e as nadadeiras, fui presenteada com a presença de uma tartaruga enorme nadando bem na minha frente. Tem muita tartaruga e elas são completamente adaptadas à presença de gente.
Fomos até o outro lado da ilha, onde tem um naufrágio bem sinistro. No caminho há esse farol abandonado que dá pra ver na imagem acima.
O melhor lugar pra mergulhar na ilha inteira é sob o barco, onde incontáveis cardumes se reúnem já sabendo que vai rolar comida.
Meio dia e meia rola o almoço e a birita é liberada. Conhecemos dois mineiros super gente fina e ficamos tomando Rum Punch, uma mistura de gelo, rum, suco de laranja e grenadine: viciante!
Enchemos a caveira e mergulhamos o resto da tarde. Foi muito foda!

Praia particular Cas Abous
(crédito da imagem para Trip Advisor)
Cas Abous foi a outra praia particular onde fomos.
Há também várias espreguiçadeiras, ombrelones, choupanas para sombra. Tem restaurantes e bares para a fome e a sede.
Acho que foi a praia onde mais fizemos snorkeling, tirando Klein Curaçau, claro.
Mais uma praia linda.

Trilha no Christoffel National Park
(crédito da imagem Mom Voyage)
Como o tempo estava feio, resolvemos ir ao Christoffel Park, que fica no extremo oeste da ilha.
Chegamos depois das 11h, por isso já não podíamos fazer as trilhas a pé (não me pergunte por quê). A única opção seria fazer as trilhas de carro.
E isso foi a melhor coisa que poderia ter acontecido! Estava um calor da porra e ir de um ponto a outro de carro foi top.
Em uma hora acabamos a trilha e resolvemos ir para o outro parque nacional, que fica ao lado.

Boka Pistol no Shete Boka National Park
(crédito da imagem para Wikimedia Commons)
No parque Shete Boka há várias enseadas, ou bokas. A mais memorável delas, na minha opinião, é a Boka Pistol. Quando a onda vem cheia, ela é afunilada para um buraco na pedra e explode pra cima como na imagem. Faz um barulho bem legal de explosão também.
Passeamos por todas a bokas, mas na saída, depois de um tempo passeando pelo parque, estava um calor do cacete.
Os dias que amanheceram nublados à tarde ficaram super ensolarados e quentes.


De volta à rotina
É claro que não fiz uma raça de exercício durante minhas férias.
Foram quase vinte dias viajando e nenhum esforço físico além de nadar o dia inteiro. Ok, já seria alguma coisa nadar o dia inteiro, mas comendo bem e, principalmente, BEBENDO bem o dia inteiro, todos os dias, não tem programa de emagrecimento e tonificação que aguente.

Apesar do hiato, eu não desisti nem desanimei: continuo firme nos meus objetivos.
Porque, gente, a vida é assim. Não dá pra ficar na neura de seguir o programa quando há uma quebra de rotina. Tem que aproveitar as férias sem restrição sim! Depois a gente retoma, corre atrás do prejuízo e bola pra frente.

Desde o dia 25 eu retomei a rotina. Esperei passar o feriado de 21 de abril, o fim de semana, e aí sim voltei a me dedicar.

Fui fazer a medição pra avaliar qual tinha sido o estrago e tive uma excelente surpresa: continuo com os 66 kg que tinha quando saí do Brasil.

(crédito da imagem para Business Insider)
Gente, treinar, comer bem, dormir bem faz toda a diferença!
Mesmo comendo desenfreadamente, bebendo cerveja todos os dias o dia todo, relaxando na praia all the time, o corpo ainda permanece com boa memória.

Por isso, vale a pena criar essa rotina.
Voltei a beber as águas de limão e gengibre, chá de hibisco, comer minha maçãzinha fuji, almoçar e jantar bem. Todos os dias tem exercício do Exercício em Casa lá na minha casa.

Não desanimem, pipows!

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